I felt you come blind-folded into the flanks of my night bringing me a handful of buds: roses, clovers and lilacs white.
But, o, poetry, let’s seal it a secret - all my captive birds fly by your passing I saw
though men shall not be granted the solace of flowers in our unscripted stone-aging law.
Fernando Campanella
Aprendiz
E agora costuramos nossos jogos de bem-me-quer, não-me-quer , fase em que nos alinhavamos no infecundo círculo da incerteza emocional. Arriscamos aqui mergulhar em um abismo sem fim, sem pausa para retomarmos nosso ar, para inspirarmos, eu sem você, você sem mim, as isentas, vitais alegrias que eclodem à luz do dia. (Ah, angústia de amor jamais suprido, mar de vai-e-vens descomunais) Mas o aprendizado da alma é bem assim, dizem os doutos sábios: mergulhar, mergulhar, e subir. Então sou aprendiz de mim.
*Os cogumemos acima estavam em um jardim de uma escola em Santa Rita do Sapucaí, sul de MG. Dois dias após as fotos, a grama recém-aparada, esses simpáticos serezinhos já haviam desaparecido.
Minas, tornas-te leve quando te arranco de minhas entranhas .
* Igreja matriz de Nossa Senhora de Mont Serrat de Baependi, sul de MG, erguida em meados de 1754, tombada pelo Conselho Municipal do Patrimônio Cultural.
Fotografar é como praticar alquimia. Um certa lente filosofal às vezes registra imagens em ouro. (Fernando Campanella)
As flores acima são orquídeas. As imagens foram registradas em um orquidário do horto florestal de Pouso Alegre, sul de MG. Se souberem o nome das espécies, ficarei muito grato pela informação.
No trecho de poema acima, Emily Dickinson está se dirigindo a uma sempre-viva. Mas os versos valem também para as flores da foto mais acima. Embora não fosse primavera, essas belezas adornavam um jardim de Monte Verde, sul de MG.
Reflexos, um leitmotiv em fotografia. Ao ver esta imagem, parece-me estar fitando aquelas antigas pinturas nas paredes. Foto tirada nas proximidades de Pedralva, sul de MG
Um besouro, uma baratinha tropicalista? Uma surpresa , um admirável universo novo que a utilização do Macro em fotografia nos proporciona.
Esta foto foi tirada à orla de uma mata no alto do Espírito Santo do Dourado, MG. Mas de que servem nossas demarcações - municípios, estados, países, etc. - a seres tão indepedentes, tão alheios ao homem como este da foto?
Caçador é o nome de um ermo de Minas que toquei, por onde andei e que hoje é uma saudade, um lugar da memória. E que lindas montanhas, lá onde a Mantiqueira já vai se aproximando de seus cumes.
Esta foto foi tirada na casa de uma amiga. São mãe e filha em um momento de ternura. O amor, sem dúvida, não é invenção dos místicos ou dos poetas. Ele move as estrelas, como escreveu Dante. Habita o universal eterno, junto da sabedoria.
Em um momento totalmente morno, neutro, sem expctativas, apareceu-me a flor, tantas vezes já clicada. E uma abelha, óbvia também, em seu diário ofício-prazer. Tudo tão conforme o ritmo das coisas vistas, e previsíveis. Porém, o resultado desta foto, tirada na praça central da pequena cidade de Caldas, sul de MG, me surpreendeu.
Estas quedas são da Cachoeira da Usina, em Natércia, sul de MG. Passei várias vezes por ela, tirei várias fotos, porém o momento desta imagem é único. O que teria proporcionado uma foto assim? A câmera, o momento do dia, meu estado de espírito? Uma junção de tudo isso, e algo além? Fotos são como nossos momentos, alguns melhores, outros piores, ou até neutros. Mas nenhum igual ao outro.
A imagem acima pertence a uma série de fotos que fiz em três visitas a uma colônia de nidificação de garças junto ao rio Sapucaí. De novembro a Abril, estação das chuvas, lá se hospedam, brancas, grandes, pequenas, boiadeiras, etc. É um quadro festivo para os olhos vê-las agregadas . E a visão dos filhotes,como o da foto, é algo indescritível.
Uma agradável surpresa, em uma estrada rural de Baependi, sul de MG, este casal, voltando das compras na cidade. Foram muito gentis permitindo que eu os fotografasse. Uma cena de Minas, singela, com um encanto que me lembra a infância. Belo momento registrado.